Saúde

Câncer do Colo do Útero: SUS realiza 5,2 milhões de exames papanicolau para detecção da doença

Publicado em

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, cerca de 16,7 mil mulheres poderão desenvolver a doença até o final de 2022. Gestores de saúde alertam: a detecção precoce poderá salvar muitas vidas.

Cerca de 16,7 mil mulheres poderão ter câncer de colo de útero até o final de 2022, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Para evitar a progressão da doença, é preciso detectar rapidamente. Nos serviços de Atenção Primária à Saúde do SUS, foram mais de 5,2 milhões de exames preventivos realizados no ano passado. 

A coleta material citopatológico do colo de útero ou papanicolau é a principal forma de rastreamento e detecção precoce desse tipo de câncer e é indicado para mulheres de 25 a 64 anos a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos normais.

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente existem mais de 42 mil unidades básicas de saúde com cerca de 1,2 mil equipes de Atenção Primária atuando em todo território onde as mulheres podem fazer estes e outros exames. Além disso, há mais de 317 hospitais e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer, que integram a rede SUS. 

“É importante lembrarmos que, muitas vezes, o câncer do colo do útero não apresenta sintomas no início. Sangramentos, dores, normalmente esses sintomas vão aparecer quando o tumor já está num estádio mais avançado. O exame preventivo, é a melhor forma de se conseguir detectar essas lesões em estágios iniciais e até mesmo quando ainda não são cânceres”, destaca a coordenadora-geral de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde, Patricia Izetti.

Leia Também:  Covid-19: Queiroga afirma que todos os brasileiros acima de 18 anos devem receber primeira dose da vacina até setembro

Rosimar Mendes da Silva, de 43 anos, foi diagnosticada com câncer do colo do útero em junho de 2016. Na época, a moradora de Brasília teve que abandonar o trabalho para se dedicar ao tratamento da doença. Apesar de todas as dificuldades, em fevereiro de 2017, ela recebeu a notícia de que havia sido curada.

“Quem está passando pelo câncer, recomendo que persista. Deus deixou a medicina para nos ajudar. Sempre falo que amo viver, mesmo em meio a tanta dificuldade que tenho que enfrentar. A minha família e meus amigos me acolheram”, conta Rosimar. 

Para realizar a coleta de material para exame citopatológico de colo de útero, a mulher deve ir à uma unidade de saúde do SUS e agendar a consulta com os profissionais de saúde, que vão avaliar histórico e sintomas. A coleta do material é feita pelo médico, que provoca uma pequena descamação da superfície externa e interna do colo do útero com uma espátula e uma escovinha. As células colhidas são colocadas numa lâmina para serem analisadas em laboratório especializado em citopatologia.

Leia Também:  Anvisa diz que vacinas usadas no Brasil são seguras

Patrícia Izetti explica que, eventualmente, algumas instituições e hospitais de maior complexidade ofertam esse exame, mas em contextos muito específicos. “O exame citopatológico do colo do útero, também conhecido como exame preventivo ou Papanicolau, é ofertado nas unidades básicas de saúde e a mulher deve procurar aquela UBS a qual ela está cadastrada e vinculada para que possa fazer o seu exame preventivo”, orienta.

Porta de entrada

A Atenção Primária à Saúde (APS) é a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e do centro de comunicação com toda a Rede de Atenção dos SUS. É o primeiro contato que a população tem quando procura atendimento ou uma Unidade de Saúde da Família (USF).

Por meio da APS são promovidas ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde. Esse serviço é realizado por uma equipe multiprofissional e dirigido à população em cada território definido, sobre os quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.

Fonte: Brasil 61

COMENTE ABAIXO:
Advertisement
Click to comment

You must be logged in to post a comment Login

Leave a Reply

Saúde

Campanha de vacinação encerra hoje (30) com mais de 7 mil crianças vacinadas na capital

Published

on

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação encerra nesta sexta-feira (30). A cobertura até o momento é de 25%, com 7.149 crianças vacinadas, no município de Boa Vista.

A vacina contra a poliomielite e as demais vacinas do calendário nacional estão disponíveis nas UBS’s, com sala de vacina da Prefeitura de Boa Vista.

A vacinação contra a poliomielite é para crianças menores de cinco anos de idade. Por outro lado, a campanha de multivacinação ocorre para atualização da caderneta de crianças e adolescentes (menores de 15 anos de idade).

A meta para campanha contra a poliomielite é de vacinar pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos. Já para multivacinação, a estratégia é atualizar a caderneta de vacinação conforme situação vacinal encontrada e de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação.

Programação especial

Para incentivar à vacinação das crianças do bairro Liberdade, bem como de proximidades que são atendidas pela UBS, os profissionais prepararam uma programação especial nesta quinta-feira, 29, na ação de puericultura.

Leia Também:  Veja como vão funcionar os serviços da prefeitura neste feriado prolongado

Gley Rosane Mota, mãe de Davi Henrique, de três anos, aproveitou a programação para vacinar o filho.

“Aproveitei esse momento de brincadeiras em que ele estaria mais descontraído e recebesse a vacina mais tranquilamente, já que é uma só gotinha. Foi muito bom, e ele ainda ganhou uma estrelinha de coragem”.

Por fim, a UBS contou com a parceria dos acadêmicos de enfermagem e ofereceu os serviços de puericultura, que é o acompanhamento e desenvolvimento da criança, com brincadeiras, atendimento de enfermagem, médico e de nutrição, administração da vitamina A, atualização do cartão de vacina e outros serviços.

“É importante que os pais tragam os filhos para vacinar, a vacina salva e protege de muitas doenças, é um investimento do poder público que protege e ajuda a erradicar doenças”, explica o enfermeiro Anderson dos Santos Barros.

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

BOA VISTA

RORAIMA

POLICIAL

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA